A REFORMA RELIGIOSA
Nesse cordel vamos falar
Da História da humanidade
Base pra os nossos estudos
Do pré até a universidade
A Reforma Religiosa
Para muitos já veio tarde
No final da Idade Média
Os humanistas protestaram
Os atos da Igreja Católica
Eles então questionaram
A venda de indulgências
Os humanistas condenaram
Padres e frades corruptos
Muitas vezes sem vocação
Ludibriaram até Jesus
Imaginem a população
E para reverter esse quadro
Só mesmo uma revolução
Uma revolução religiosa
Foi promovida por Lutero
Que escreveu as suas teses
E fez então um labafero
Mas foi expulso da Igreja
E excomungado pelo clero
O frade Lutero não queria
Romper com o catolicismo
Mas criou um movimento
Denominado protestantismo
“Tenha fé e serás salvo”
Pregava o luteranismo
A Bíblia foi traduzida
Pra outras formas de linguagem
Com isso os fiéis fizeram
Uma verdadeira viagem
Decifrar os textos sagrados
Foi uma nova aprendizagem
O luteranismo se difundiu
Pela França e Alemanha
Na Suíça e na Dinamarca
Ganhou poder de barganha
Depois dominou os Flandres
Se transformando em façanha
Na Suíça o luteranismo
Foi defendido por Calvino
Que propôs outra ideia
Falando então do destino
Quem deveria se salvar?
O burguês ou o beduíno?
Calvino gerou polêmica
Com a predestinação
Pois levou então o povo
A uma guerra por salvação
E isso bem que favoreceu
A burguesia em ascensão
Para Calvino o individuo
Já nascia predestinado
Pra ir pro céu ou inferno
É como se viesse marcado
Não tinha pra onde correr
O destino estava traçado
Foi um deus nos acuda
Mas a lógica dessa vertente
Os pesquisadores afirmam
Foi sacrificar aquela gente
Submetidas aos excessos
Da burguesia emergente
Seguindo com essa prosa
Vamos falar do anglicanismo
Criado por Henrique oitavo
Que rompeu com o catolicismo
A doutrina da Igreja Católica
Vai chegando para o abismo
Dizem que o anglicanismo
Surgiu de um estranhamento
Entre o clero e o rei Henrique
Que findava o seu casamento
Mas a cúpula da Igreja Católica
Abominou esse acontecimento
O matrimônio para a Igreja
É uma atitude de devoção
Os corpos passam a ser um
Numa eterna amarração
O que Deus uniu não separa
Nem mesmo por fornicação
A reforma protestante
Já havia se consolidado
Só cabia ao catolicismo
Reconhecer esse legado
Conquistado pelos fiéis
Após sangue ser derramado
Mas a santa Igreja Católica
Preparou-se para a reação
Criou a Companhia de Jesus
Organizou uma expedição
Tratou de enviar “soldados”
Para combater a oposição
Cada soldadinho de Cristo
Teve que largar o mosteiro
E dedicar-se à catequese
Para conquistar primeiro
Os denominados “pagãos”
Uma obra pra o mundo inteiro
Em quinhentos e quarenta e cinco
O Papa fez uma convocação
O clero após esse encontro
Estabeleceu uma forte reação
Repudiou o protestantismo
E imprimiu uma perseguição
O Concílio de Trento
Resultou num documento
O qual estabeleceu regras
Para nortear um movimento
Contra os seus opositores
Condenados ao aniquilamento
O celibato foi reafirmado
No ambiente da santidade
Os padres foram obrigados
A estabelecerem a castidade
E quem desobedece à regra
Cometeria uma insanidade
Para celebrar as missas
O latim foi oficializado
Era um linguajar incomum
Deixando o povo encucado
Entender a fala do padre
Virou coisa para o letrado
Proibiram as indulgências
Criaram o Santo Ofício
Uma espécie de Tribunal
Que colocava num precipício
A vida de “bruxas” e infiéis
Sem direito a pedir suplício
A inquisição foi a saída
Pela Igreja encontrada
Para perseguir os judeus
E também nessa empreitada
Incluíram os mulçumanos
Para completar a caçada
O impedimento à leitura
Dos ricos livros sagrados
Tinha um interesse claro
Impedir que os letrados
Se virassem contra a Igreja
Melhor que ficassem calados
Para completar a influência
Estabelecida pelo catolicismo
Aparece o estilo barroco
Com a ideia do impressionismo
E o propósito era controlar
O avanço do protestantismo
Não propomos nesse cordel
Catequizar a seu ninguém
Apenas chamar a atenção
Dos eventos que vão e vem
E pra que você tome cuidado
Na hora de dizer um amém
Pirambu - dezembro de 2011
Autor: Agnaldo dos Santos Silva. Cordel produzido durante as aulas de História com alunos do 7º ano B da EMMTC.
Bibliografia Consultada
RODRIGUES, Joelza Ester Domingues. História em Documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário